segunda-feira, 29 de junho de 2009

A união faz a força, o Brasil ajuda e o meio ambiente agradece


Pedro da Cunha e Menezes


Desde que em 1872 Yellowstone foi declarado o primeiro Parque Nacional no mundo, a discussão sobre conservação ambiental tem evoluído muito. Inicialmente, a razão principal para se criar um parque era salvaguardar para futuras gerações uma área natural de extrema beleza ou grande importância ambiental. À medida que o tempo foi passando, a população mundial se multiplicando e crescentes nacos de áreas pristinas foram sendo desmatados para a agricultura, pecuária e urbanização, ficou patente que, a criação pura e simples de parques não era suficiente e que seria necessário fazer algo mais caso efetivamente quiséssemos preservar o meio ambiente. Foi assim que surgiu a recomendação da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) de que todos os países devem fazer um esforço para preservar pelo menos 10% de cada ecossistema que existam em seus territórios. Tal recomendação, logo incorporada ao pensamento científico desencadeou, sobretudo a partir da década de 1970, uma onda de decretos mundo afora criando uma série de novas unidades de conservação que, nos ultimos 35 anos, multiplicaram exponencialmente a área protegida nos cinco continentes.

Principalmente a partir da década de 1980, entretanto, pesquisas científicas demonstraram que a política de criar Unidades de Conservação é por si só insuficiente para garantir a preservação dos ecossistemas de forma íntegra, isto é, sem a extinção de várias de suas espécies. Parques isolados transformam-se em “ilhas ecológicas” dificultando a troca genética das espécies que encerram e, dessa maneira, enfraquecem o material genético das espécies, o que em alguns casos leva à extinção. Baseada nessa premissa, a UICN criou a máxima que “reservas agrupadas são melhores que reservas distantes umas das outras e reservas conectadas por corredores de habitat são melhores do que reservas não ligadas por tais conexões”.


http://www.oeco.com.br/todos-os-colunistas/46-pedro-da-cunha-e-menezes/17047-oeco_22741

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