sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Uma ciência também ecológica

A Ergonomia visa preservar o maior patrimônio da natureza: o Homem. Se ela preserva o Homem, é também uma ciência ecológica.

Nascendo com o Homem, quando ainda nem se falava em ecologia, a ergonomia já se dedicava à sua preservação. Modificando os ambientes, quer externa ou internamente, colocando o bem estar das pessoas, faz seu papel.

Quando falamos em preservar o Homem, estamos buscando sua qualidade de vida, qualidade esta principalmente ambiental.

Não se trata apenas da relação do homem com a natureza.

Os "ambientes" em que o Homem vive são diversos e cada qual possui suas características.No trabalho, o Homem tem seu ambiente que, embora único, pode ser dividido em dois ambientes distintos, compondo-se de aspectos físicos e psicológicos. A ergonomia busca salvaguardar a saúde psicofisiológica do ser humano.

O ambiente físico, quando apresenta problemas, tem causas aparentes, visíveis, mensuráveis, palpáveis. Mas, o que dizer do ambiente emocional?O ambiente emocional influi sobre cada indivíduo de forma diferenciada, pois cada um está apto a "sentir" este ambiente de acordo com suas experiências de vida e estado psíquico do momento.

A qualidade do ambiente emocional é uma medida subjetiva que afeta cada um com determinada forma e intensidade.

O que não se deve jamais é separá-los e sim estudá-los como um todo pois estes estão interagindo constantemente, e por vezes, se modificando.As pessoas não agem da mesma maneira o tempo todo, modificam seu comportamento conforme a situação, estado de humor, temperatura, época do ano, etc.

Isto é normal e saudável, pois colabora também na prevenção da monotonia.

Problemas começam à surgir quando o ambiente deixa de se tornar equilibrado pela ação de um ou mais indivíduos com atitudes e/ou personalidades que podem criar "climas insalubres".

Estes indivíduos podem ser caracterizados pelos pessimistas, ambiciosos demais, intolerantes e intoleráveis entre outros.

O desequilíbrio, que pode ser gerado por determinadas reações de cada indivíduo perante a situações inconfortáveis, pode levar a problemas físicos que foram gerados por uma falta de estabilidade emocional no ambiente.

Vale lembrar que cargas emocionais são agentes estressantes tão poderosos quanto cargas físicas.O estado emocional alterado faz com que o hipotálamo e a glândula hipófise trabalhem demais. O cérebro produz em exagero os corticóides, substâncias que em excesso acabam por bloquear as defesas imunológicas. Com a queda da resistência, as doenças se instalam com mais facilidade no organismo. É comum o surgimento de hipertensão e gastrite nestas situações. Também há outros efeitos.

O ritmo do coração aumenta pois o estresse também descarrega adrenalina no sangue, e estas descargas, se forem contínuas, tanto pior para as artérias, que são obrigadas a suportar uma pressão sanguínea maior para cada vez que isto ocorre. Com a sobrecarga dos batimentos cardíacos, os pulmões também passam a trabalhar em excesso, abrindo as portas do organismo para doenças respiratórias.Um dos mecanismos que ajuda a controlar estas situações é o diálogo. Manter um ambiente psíquico saudável garante ao menos 50% de um bom ambiente.

As pessoas querem e gostam de ser ouvidas.O diálogo entre as pessoas é de grande valia na qualidade ambiental, poder dizer o que se pensa e ouvir o que os outros têm a dizer facilita as relações interpessoais e evita mal entendidos.

Estar aberto a novas idéias e atento a possíveis sugestões de melhora também ajuda.Perguntar ao funcionário o que ele quer ou gostaria antes de lhe impor algo, faz com que fique mais fácil o aceite da mudança, sua implantação e sua colaboração.

A conscientização do porquê se utilizar determinada norma ou procedimento e estar aberto à críticas, para melhoramento destas normas, amplia o bem estar no trabalho.

As pessoas necessitam participar ativamente dos processos para se sentirem como parte deles, passando assim de mero expectador a agente modificador.

Tomando para si também a responsabilidade de tornar cada vez melhor seu ambiente.

Não basta ser funcionário: tem que participar!

"Egonomia": preservando o ser humano para torná-lo mais feliz".
Artigo publicado na revista Meio Ambiente Industrial

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Gestão ambiental e o novo ambiente empresarial

Um dos maiores desafios que o mundo enfrentará no próximo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação.

O novo contexto econômico se caracteriza por uma rígida postura dos clientes voltada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável.

Diante de tais transformações econômicas e sociais uma indagação poderia emergir. A questão ambiental e ecológica não seria um mero surto de preocupações passageiro que demandariam medidas com pesado ônus para as empresas que a adotarem? Pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria - CNI e do Ibope mostra o contrário. Revela que 68% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por um produto que não agredisse o meio ambiente.

Dados obtidos no dia-a-dia evidenciam que a tendência de preservação ambiental e ecológica por parte das organizações deve continuar de forma permanente e definitiva onde os resultados econômicos passam a depender cada vez mais de decisões empresariais que levem em conta que:

A) Não há conflito entre lucratividade e a questão ambiental;

B) O movimento ambientalista cresce em escala mundial;

C) Clientes, comunidade passam a valorizar cada vez mais a proteção do meio ambiente;

D) A demanda e, portanto, os faturamentos das empresas passam a sofrer cada vez mais de pressões e a depender diretamente do comportamento de consumidores que
enfatizarão suas preferências para produtos e organizações ecologicamente corretas.

Mais informações: http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=59

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