domingo, 31 de maio de 2009

Tartarugas ameaças de extinção conseguem aumentar sua população.Fonte: Jornal A Tarde

Três espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção (cabeçuda, de pente e oliva) têm apresentado tendência de crescimento populacional no Brasil, enquanto sua quantidade diminui no resto do mundo. A análise é do Projeto Tamar, que realiza há 30 anos um trabalho de preservação desses animais no País.


Todas as seis espécies de tartarugas marinhas do Oceano Atlântico se encontram ameaçadas de extinção. No Brasil, além das três já citadas, existem também a tartaruga verde e a tartaruga de couro, estas ainda com diminuição populacional. A única que não ocorre no País é a Lepidochelys kempii.


“A ameaça está ligada ao ciclo reprodutivo das tartarugas, que se dá nas praias. Essas áreas sempre foram as primeiras a serem colonizadas pelo homem e são os locais que concentram maior adensamento humano. Por isso, a ação do homem sobre as tartarugas já vem de muito tempo”, explica Eduardo Saliés, executor de base do Projeto Tamar em Arembepe.


Segundo ele, no período contemporâneo se intensificou a influência humana na vida das tartarugas marinhas. “A profissionalização da pesca, com redes e espinhais, acabou causando a captura desses animais. É claro que ao pescador não interessam as tartarugas, mas elas acabam afetadas e prejudicadas”, alerta.


Bahia – O trabalho de preservação do Projeto Tamar começou na Bahia e se estende hoje pelos 215 km do Litoral Norte. As praias do Estado servem como local de desova das tartarugas marinhas, no período que vai de setembro a março, conhecido como temporada de desova.


As fêmeas depositam cerca de 100 ovos na areia, em um ninho cavado a um metro de profundidade. Uma fêmea passa por esse processo de três a cinco vezes durante a temporada reprodutiva. Após 45 dias, os filhotes nascem e seguem para o mar. Na Bahia, 70% dos nascimentos ocorrem na região de Arembepe, onde há uma base do Tamar. Outras se encontram na Praia do Forte, Costa do Sauípe, Sítio do Conde e Mangue Seco. O projeto ainda está presente no Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. A principal atuação é na proteção das áreas de desova, monitorando os litorais para que as pessoas não interfiram nos ninhos. Há também trabalhos de conscientização e proteção das áreas de alimentação desses animais.


Gabão – Um grupo internacional de cientistas divulgou neste mês a descoberta da maior população mundial da tartaruga de couro, nas praias do Gabão, na África. Eles estimam que existem entre 15 mil e 41 mil fêmeas nesses locais. “Como elas estão ameaçadas de extinção, encontrar uma população tão numerosa é positivo para os esforços de preservação”, considerou Saliés.


No Brasil, ainda não existem dados do número de tartarugas. As tartarugas marinhas são importantes para o controle de outras populações. Elas se alimentam de caravelas, águas-vivas, esponjas e outros animais marítimos. A extinção dos répteis cascudos levaria a uma proliferação desses animais, que causaria um desequilíbrio no ecossistema e prejudicaria até mesmo a atividade de pesca.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Gestão ambiental e o novo ambiente empresarial

Takeshy Tachizawa

Um dos maiores desafios que o mundo enfrentará no próximo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação. O novo contexto econômico se caracteriza por uma rígida postura dos clientes voltada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável.


Diante de tais transformações econômicas e sociais uma indagação poderia emergir. A questão ambiental e ecológica não seria um mero surto de preocupações passageiro que demandariam medidas com pesado ônus para as empresas que a adotarem? Pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria - CNI e do Ibope mostra o contrário. Revela que 68% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por um produto que não agredisse o meio ambiente. Dados obtidos no dia-a-dia evidenciam que a tendência de preservação ambiental e ecológica por parte das organizações deve continuar de forma permanente e definitiva onde os resultados econômicos passam a depender cada vez mais de decisões empresariais que levem em conta que:

A) Não há conflito entre lucratividade e a questão ambiental;


B) O movimento ambientalista cresce em escala mundial;


C) Clientes, comunidade passam a valorizar cada vez mais a proteção do meio ambiente;


D) A demanda e, portanto, os faturamentos das empresas passam a sofrer cada vez mais de pressões e a depender diretamente do comportamento de consumidores que enfatizarão suas preferências para produtos e organizações ecologicamente corretas.

Maiores informações: http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=59

domingo, 24 de maio de 2009

Governo vai regularizar área igual à França na Amazônia


O governo federal vai transferir 13% de terras da União localizadas na Amazônia Legal. São 674 mil quilômetros quadrados - praticamente uma área igual a da França. Pelo menos metade dessa área, 340 mil km2, vai para particulares, apesar de o governo não saber quem a ocupa nem se essa ocupação foi pacífica ou de má-fé. Os outros 334 km2 (área maior do que a Polônia) estão divididos oficialmente em 196 mil posses registradas no Incra, das quais cerca de 10% apenas são legais. Mas o próprio governo acredita que esse número é muito maior. ?Achamos que vamos a 300 mil posses?, diz Carlos Guedes de Guedes, coordenador do programa Terra Legal, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O Terra Legal é a divisão do MDA responsável por colocar em prática um dos textos mais polêmicos em discussão hoje no Congresso: a Medida Provisória 458/2009, que dispõe sobre a regularização fundiária da Amazônia Legal. A indefinição sobre quantas posses há na região é apenas uma de suas facetas problemáticas. Ambientalistas e grupos sociais a apelidaram de ?MP da grilagem?.

Em vigor desde fevereiro, a MP sofreu na semana passada uma série de modificações na Câmara que facilitam o processo para o posseiro tornar-se proprietário da terra que cobiça. O texto está no Senado, onde a relatora será a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Para ambientalistas, as modificações no texto não cumprem a função social da posse prevista na Constituição - a de beneficiar quem precisa da terra para sobreviver - e vão premiar invasores que usaram violência. ?Esse não é um mercado em que todo mundo age de boa-fé. É o contrário. Há artimanhas clássicas, como a fraude de documentos e o uso de laranjas?, diz o advogado Raul do Valle, do Instituto Socioambiental (ISA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONTE: http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=1152665

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Salvador recicla apenas 5% do lixo coletado-Saiu no Jornal A Tarde


A população de Salvador está longe de ser ecologicamente correta em relação ao seu lixo. De acordo com a Limpurb, apenas 5% dos dejetos produzidos são reciclados, enquanto o ideal seria 15% . Em 2008, foram reaproveitados 65.500 mil toneladas do total de 1,3 milhão coletado.


A pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (Ufba),
Viviana Zanta, especializada em resíduos sólidos, diz que a coleta seletiva seria uma solução para os problemas de planejamento da limpeza na cidade e acúmulo de resíduos nas ruas e contêiners. “Há necessidade de trabalhar com outras frentes, como coleta seletiva. Isso reduz esse problema (de acúmulo de lixo) dentro e fora de casa. O contêiner vai ficar com um volume menor de lixo. Se você começa a perceber a quantidade de lixo que gera, a tendência é tentar reduzir os resíduos”, diz.


Atualmente, há 75 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) de lixo reciclável em Salvador. Esses espaços dispõem de quatro contêiners para coleta de vidro, papel, plástico e metal. A população reclama da quantidade desses postos. “Temos problemas com reciclagem. Na minha residência temos o hábito de separar o lixo há muitos anos. Fico procurando onde depositar”, conta Valmira Araújo, moradora de Pernambués. A internauta Tainara Nogueira também reclama: “Muito raramente vejo passando na Avenida Sete carro de coleta seletiva. Os zeladores do meu prédio não sabem informar nada a respeito. Faço seleção do lixo e tenho que levá-lo para os contêiners do Campo Grande”.


Catadores - Viviana Zanta disse que não basta esses postos de entrega voluntária. Para ela, também é necessário fortalecer as cooperativas de catadores. “Pela abrangência do sistema, poderia ser mais disseminado. Existe mercado para isso tanto nas áreas mais nobres, onde há maior produção, como nas mais pobres”, diz a pesquisadora.


Para ela, esse trabalho não é apenas do governo público, mas também da população. “Se as pessoas separassem o resíduo orgânico do reciclável, seria mais produtivo e evitaria que catadores autônomos remexessem o lixo”, explica a pesquisadora da Ufba. Segundo ela, o material reciclável deve ser guardado limpo. É necessário retirar os restos de comida e lavar. “Se colocar sujo, pode atrair formiga e barata”.


Estímulo – A Prefeitura estuda uma forma de incentivar a população a reciclar seu lixo. O sistema aplicado em Curitiba, Paraná, é apontado por Silveira Filho como um exemplo. Na capital paranaense, o lixo comum é trocado por alimento. Quatro sacos de lixo doméstico valem uma sacola com produtos da cesta básica, como arroz e feijão. Já quatro quilos de produto reciclável rendem um quilo de fruta e verdura.


“Estamos avaliando o que pode ser aplicado em Salvador”, diz Silveira Filho, informando que o aumento do número de postos de coleta seletiva está previsto em uma nova licitação para coleta de lixo em Salvador, que ainda não tem data definida para ser aberta.

FONTE: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf;jsessionid=BD2F464315D630D3E1E327003663D01F.tomcattosh1?id=1147647

domingo, 17 de maio de 2009

Congresso recebe vigília pelo meio ambiente

A ONG ‘Amazônia para sempre’ já conseguiu reunir mais de um milhão de assinaturas pedindo a preservação da Amazônia.

Começou nesta quarta no Congresso uma vigília pela preservação do meio ambiente no país. Artistas e ambientalistas foram ao Senado pedir o fim do desmatamento na Amazônia.

À frente da manifestação, a ONG ‘Amazônia para sempre’. A organização já conseguiu reunir mais de um milhão de assinaturas pedindo a preservação da Amazônia.

No Senado, os manifestantes também vieram fazer um alerta: para que não sejam aprovados projetos que reduzem a proteção ao meio ambiente no Brasil.

“O objetivo da vigília é criar um grande fórum de discussão que eu acredito que não tem acontecido ainda dentro desta casa com a participação de representantes do ONGs, sociedade civil, um milhão de assinaturas do manifesto ‘Amazônia para sempre’, parlamentares”, disse a atriz Cristiane Torloni.

Na Câmara, um projeto pretende alterar o código florestal. Ele permite a redução da área de floresta que deve ser preservada nas propriedades rurais na Amazônia e que hoje é de 80%.

Outro projeto autoriza o governo a passar para proprietários privados terras públicas de até 1,5 mil hectares, sem licitação.

No Senado, um projeto derruba vários artigos do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento. Por exemplo, o artigo que proíbe novas autorizações para desmatamento nos municípios que mais devastam o meio ambiente.

Outra medida que está para ser votada no Senado facilita o licenciamento ambiental para pavimentação e duplicação de estradas federais.

“Nem os produtores rurais e nem ninguém no Brasil quer o desmatamento. O que nós queremos neste momento é apenas a regularização ambiental”, defendeu a senadora e autora de um dos projetos, Kátia Abreu (DEM-TO).

fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1125353-10406,00-CONGRESSO+RECEBE+VIGILIA+PELO+MEIO+AMBIENTE.html

sábado, 9 de maio de 2009

G8 Ambiental adota 'carta' sobre biodiversidade




SIRACUSA, Itália (AFP) — Os ministros do Meio Ambiente do G8 e dos países emergentes adotaram nesta sexta-feira, em Siracusa, uma "carta" sobre a biodiversidade, considerada "indispensável para a regulação do clima".

Neste documento de 25 pontos, os ministros do Meio Ambiente afirmam reconhecer que "a biodiversidade e os ecossistemas desempenham um papel-chave na manutenção do bem-estar humano e são essenciais para permitir que sejam atingidas as metas de desenvolvimento do Milênio" fixadas pela ONU.

A Carta vincula explicitamente a manutenção da biodiversidade à luta contra o aquecimento global: "a biodiversidade é indispensável à regulação do clima", indicam os países participantes no documento.

Eles declaram que, longe de não estarem relacionados a interesses econômicos, a biodiversidade e os recursos fornecidos pelos ecossistemas (água, ar,...) são essenciais e que é preciso levar em consideração o que representaria a sua perda, principalmente para os países pobres.

A Carta afirma que a biodiversidade deve ser mantida e restaurada em matéria de florestas, de pesca e de agricultura, e considera que a ciência e a pesquisa devem ser estimuladas e reforçadas.

Por fim, ela adverte que é necessário um esforço comum na defesa da biodiversidade, indicando que "os múltiplos desafios que o mundo enfrenta hoje são um sinal evidente da necessidade de se aumentar os esforços para conservar e gerir de forma responsável a biodiversidade e os recursos naturais".

Pouco antes da divulgação da Carta, o Brasil havia proposto a adoção de uma taxação de 10% sobre os lucros da indústria petroleira para alimentar o fundo de proteção ao meio ambiente para que os países em desenvolvimento possam financiar os esforços necessários de luta contra o aquecimento global.

"Estamos convencidos de que somente os créditos de carbono não serão suficientes para financiar as adaptações necessárias para atingir a meta das Nações Unidas de limitar o aumento das temperaturas a 2ºC no fim deste século", afirmou Carlos Minc, o ministro brasileiro do Meio Ambiente durante uma entrevista à imprensa.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jQUmPZ-LZ4vkpWmq98YMYJTnsU7Q

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Piores cenários sobre aquecimento global podem estar se concretizando, dizem cientistas



As piores previsões sobre as mudanças climáticas feitas pela Organização das Nações Unidas há dois anos podem já estar se concretizando, afirmaram nesta quinta-feira cientistas reunidos em uma conferência em Copenhague, na Dinamarca.

Em um comunicado final onde delinearam seis pontos-chave para alertar os líderes políticos do mundo, os cientistas afirmam que há um risco crescente de mudanças climáticas abruptas e irreversíveis.

"Observações recentes confirmam que, dados os altos índices de emissões, as piores projeções do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), ou ainda piores, estão sendo percebidas", diz o documento.

"O clima já está se modificando além dos padrões de variabilidade natural. (...) Há uma possibilidade significativa de que muitos desses padrões irão se acelerar, levando a um risco crescente de mudanças climáticas abruptas e irreversíveis".

Os pesquisadores também alertaram que mesmo aumentos modestos de temperatura afetarão milhões de pessoas, particularmente em países em desenvolvimento.

Mas, segundo eles, a maioria das ferramentas necessárias para diminuir as emissões de dióxido de carbono já existe.

Mais de 2.500 pesquisadores e economistas de 80 países participaram do encontro que teve como objetivo apresentar os últimos estudos na área como preparação para a Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, que acontece em dezembro deste ano.

Novos dados

Novos dados apresentados no encontro apontam que as projeções feitas pelo IPCC há dois anos sobre o aumento nos níveis dos oceanos já estão desatualizadas.

Segundo as novas previsões, o nível das águas pode subir mais de um metro em várias partes do globo, com enormes impactos para milhões de pessoas.

Leia também na BBC Brasil: Cientistas preveem aumento do nível do mar maior do que o esperado

Foram divulgadas também novas informações sobre como a Floresta Amazônica irá sofrer com os aumentos nas temperaturas.

Um estudo do Centro Meteorológico da Grã-Bretanha concluiu que pode haver uma perda de 75% na cobertura florestal em um século se a temperatura mundial aumentar em 3ºC.

"Nós observamos muitos dados novos. Podemos ver onde estamos e temos um problema", afirmou Katherine Richardson, que liderou o comitê científico que organizou a conferência.

Maiores informações: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090312_aquecimento_dinamarca_cq.shtml