sábado, 9 de maio de 2009

G8 Ambiental adota 'carta' sobre biodiversidade




SIRACUSA, Itália (AFP) — Os ministros do Meio Ambiente do G8 e dos países emergentes adotaram nesta sexta-feira, em Siracusa, uma "carta" sobre a biodiversidade, considerada "indispensável para a regulação do clima".

Neste documento de 25 pontos, os ministros do Meio Ambiente afirmam reconhecer que "a biodiversidade e os ecossistemas desempenham um papel-chave na manutenção do bem-estar humano e são essenciais para permitir que sejam atingidas as metas de desenvolvimento do Milênio" fixadas pela ONU.

A Carta vincula explicitamente a manutenção da biodiversidade à luta contra o aquecimento global: "a biodiversidade é indispensável à regulação do clima", indicam os países participantes no documento.

Eles declaram que, longe de não estarem relacionados a interesses econômicos, a biodiversidade e os recursos fornecidos pelos ecossistemas (água, ar,...) são essenciais e que é preciso levar em consideração o que representaria a sua perda, principalmente para os países pobres.

A Carta afirma que a biodiversidade deve ser mantida e restaurada em matéria de florestas, de pesca e de agricultura, e considera que a ciência e a pesquisa devem ser estimuladas e reforçadas.

Por fim, ela adverte que é necessário um esforço comum na defesa da biodiversidade, indicando que "os múltiplos desafios que o mundo enfrenta hoje são um sinal evidente da necessidade de se aumentar os esforços para conservar e gerir de forma responsável a biodiversidade e os recursos naturais".

Pouco antes da divulgação da Carta, o Brasil havia proposto a adoção de uma taxação de 10% sobre os lucros da indústria petroleira para alimentar o fundo de proteção ao meio ambiente para que os países em desenvolvimento possam financiar os esforços necessários de luta contra o aquecimento global.

"Estamos convencidos de que somente os créditos de carbono não serão suficientes para financiar as adaptações necessárias para atingir a meta das Nações Unidas de limitar o aumento das temperaturas a 2ºC no fim deste século", afirmou Carlos Minc, o ministro brasileiro do Meio Ambiente durante uma entrevista à imprensa.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jQUmPZ-LZ4vkpWmq98YMYJTnsU7Q

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