domingo, 12 de julho de 2009

O que será que estamos produzindo?

Ouve-se falar que devemos conservar o Meio Ambiente, que a água está se acabando, que os animais estão sendo extintos... Que a vida dos povos está sendo ameaçada!

Será que já paramos para pensar, o que é realmente o / “Meio Ambiente/”?

A cada dia ao acordar recebemos a dádiva de respirar, andar, falar, enxergar e sentir todos os seres... Todo e qualquer organismo desde a menor bactéria.

Não será esse o nosso meio ambiente mais próximo?

Na verdade podemos conectar e sentir toda espécie que permeia a vida , seja ela animada ou inanimada. E toda ela tem o poder de evolução e crescimento. Experimente se relacionar de formas diferentes com o meio em que vive (seus objetos; as plantas ou animais)

Com certeza teremos respostas diferentes, pois segundo a lei de Ação e Reação, ao enviarmos ondas de amor, receberemos ondas de amor e ao enviarmos ondas negativas receberemos ondas negativas. .Vamos então prestar atenção aquilo que produzimos interiormente e emitirmos a nossa volta.

Sabemos que a nossa sobrevivência e a do planeta estão em jogo. Estamos diante de uma série de problemas globais que estão danificando a biosfera e a vida humana de formas alarmantes. Nenhuns destes problemas podem ser vistos isoladamente.

A mudança da percepção, para um mundo integral como sistema vivo e não isolado como uma máquina inclui mudanças de valores que podem ser trabalhadas, à medida que resolvermos escolher se queremos evoluir ou desaparecer.

Como se explica que quanto mais sabemos do que somos feitos, menos compreendemos quem somos? Que quanto mais a medicina avança mais doenças aparecem?

Em nosso sistema é hora de dar atenção a sistemas de percepção mais ampliados que possam expandir para nossa consciência a resolver problemas. Devemos aprender a reavaliar o papel da intuição, da imaginação, da sensibilidade e do corpo.

O caminho que escolhermos na vida, pode se transformar num caminho que nos possibilite satisfação, êxito, compaixão, amor, prosperidade e a tão almejada felicidade, que procuramos desde o nosso nascimento.

Pense no enorme trabalho de todas as formas de vida para terem chegado, ao que são hoje. Sinto que chegou o momento de assumirmos nossa responsabilidade, nosso compromisso e realizar o nosso trabalho. Desenvolver com plena consciência uma nova forma de viver.

A importância de reconhecermos quem somos nesta cadeia universal, a capacidade de avaliarmos os nossos próprios sentimentos e nossa influência uns em relação os outros se torna emergencial. Ter a capacidade para estabelecermos relacionamentos bem sucedidos, é o que realmente vai nos trazer a uma maior satisfação pessoal, uma melhora nas relações interpessoais e, conseqüentemente, na família, no trabalho, com outros seres, na natureza e no todo.

Atualmente a crise financeira se acentua a cada dia. Segundo dados da ONU, 1,3 bilhões de pessoas vivem com um dólar por dia A questão da contaminação do solo com os pesticidas crescendo a cada dia é tão grave quanto a nossa exposição diária aos produtos químicos. A dosagem de venenos encontrada se concentra cada vez mais em nossas águas... A chuva ácida cada vez mais inserindo em nossos solos.

Já não encontramos mais locais para armazenar os lixos devidos o consumismo sem responsabilidade...

Diante destes acontecimentos que se perpetuam, acredito somente numa forma de evolução: é voltarmos para a nossa verdadeira essência e descobrirmos quem somos nós.

É nos conscientizarmos do que está acontecendo à nossa volta.

Mudar hábitos e nos incluir no universo como parte dele

Desenvolver um mundo mais saudável; mais limpo.

Gerar empregos satisfatórios e rendas.

Incluir programas de gestão e motivações.

São meios de colaborar de forma saudável para um crescimento global.

Não se pode falar em desenvolvimento sustentável, ou numa globalização crescente, num mundo com diferenças tão insalubres.

Será este o IDEAL para deixarmos para nossos filhos, netos e bisnetos?

É importante escolhermos!

Para contatar o autor: atendimento@consultores.com.br


http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=43

Gestão ambiental e o novo ambiente empresarial

Takeshy Tachizawa

Um dos maiores desafios que o mundo enfrentará no próximo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação. O novo contexto econômico se caracteriza por uma rígida postura dos clientes voltada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável.



Diante de tais transformações econômicas e sociais uma indagação poderia emergir. A questão ambiental e ecológica não seria um mero surto de preocupações passageiro que demandariam medidas com pesado ônus para as empresas que a adotarem? Pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria - CNI e do Ibope mostra o contrário. Revela que 68% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por um produto que não agredisse o meio ambiente. Dados obtidos no dia-a-dia evidenciam que a tendência de preservação ambiental e ecológica por parte das organizações deve continuar de forma permanente e definitiva onde os resultados econômicos passam a depender cada vez mais de decisões empresariais que levem em conta que:

A) Não há conflito entre lucratividade e a questão ambiental;


B) O movimento ambientalista cresce em escala mundial;


C) Clientes, comunidade passam a valorizar cada vez mais a proteção do meio ambiente;


D) A demanda e, portanto, os faturamentos das empresas passam a sofrer cada vez mais de pressões e a depender diretamente do comportamento de consumidores que enfatizarão suas preferências para produtos e organizações ecologicamente corretas.

A transformação e influência ecológica nos negócios se farão sentir de maneira crescente e com efeitos econômicos cada vez mais profundos. As organizações que tomarem decisões estratégicas integradas à questão ambiental e ecológica conseguirão significativas vantagens competitivas, quando não, redução de custos e incremento nos lucros a médio e longo prazo. Empresas como a 3M, somando as 270 mil toneladas de poluentes na atmosfera e 30 mil toneladas de efluentes nos rios que deixou de despejar no meio ambiente desde 1975, consegue economizar mais de US$ 810 milhões combatendo a poluição nos 60 países onde atua.



Outra empresa, a Scania Caminhões contabiliza economia em torno de R$ 1 milhão com programa de gestão ambiental que reduziu 8,6 % no consumo de energia, de 13,4 % de água e de 10 % no volume de resíduos produzidos apenas no ano de 1999. A gestão ambiental, enfim, torna-se um importante instrumento gerencial para capacitação e criação de condições de competitividade para as organizações, qualquer que seja o seu segmento econômico. Dessa maneira empresas siderúrgicas, montadoras automobilísticas, papel e celulose, química e petroquímica investem em gestão ambiental e marketing ecológico. O caso recente noticiado pela imprensa do vazamento de óleo da Petrobrás é o mais emblemático.



Além do prejuízo financeiro a empresa teve, principalmente, uma perda institucional que em termos de gestão ambiental é fatal. Pesquisa conjunta realizada pelo CNI, SEBRAE e BNDES revela que metade das empresas pesquisadas realizou investimentos ambientais nos últimos anos, variando de cerca de 90 % nas grandes a 35 % nas microempresas. Esta mesma a pesquisa revelou que as razões para a adoção de práticas de gestão ambiental (quase 85 % das empresas pesquisadas adotam algum tipo de procedimento associado à gestão ambiental) não foram apenas em função da legislação, mas, principalmente, por questões que poderíamos associar a gestão ambiental: aumentar a qualidade dos produtos; aumentar a competitividade das exportações; atender o consumidor com preocupações ambientais; atender à reivindicação da comunidade; atender à pressão de organização não-governamental ambientalista; estar em conformidade com a política social da empresa; e melhorar a imagem perante a sociedade, ou seja, a gestão ambiental é a resposta natural das empresas ao novo cliente, o consumidor verde e ecologicamente correto.



A empresa verde é sinônima de bons negócios e no futuro será a única forma de empreender negócios de forma duradoura e lucrativa. Em outras palavras, o quanto antes às organizações começarem a enxergar o meio ambiente como seu principal desafio e como oportunidade competitiva, maior será a chance de que sobrevivam.



Dentro dos contornos delineados pelos novos tempos, fica evidente que a preparação de executivos, dentre eles a do profissional generalista ou aquele especializado, ambos graduados por cursos de Administração ministrados em Instituições de Ensino Superior, é requerida em todas as direções e níveis por onde se processa o novo padrão da gestão ambiental nas suas dimensões de conteúdo, forma e sustentação. As organizações no novo contexto necessitam partilhar do entendimento de que deve existir um objetivo comum, e não um conflito, entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, tanto para o momento presente como para as gerações futuras.



Empresas de porte estão ajudando seus fornecedores a melhorar suas práticas de gestão e marketing ecológico, como é o caso da Mercedes-Benz, Gradiente e 3M que consideram fornecedores como parte integrante de sua cadeia produtiva. Fazer atuar as forças de mercado para proteger e melhorar a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempenho e no uso criterioso de instrumentos econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação, é um dos maiores desafios que o mundo enfrentará no novo milênio. Esta melhoria da qualidade necessita de uma atuação da organização face às pressões dessas forças de mercado representado pelas variáveis ambientais: legais (normas da série ISO 14000, por exemplo), econômicas, tecnológicas, sociais, demográficas e físicas.

Outro exemplo de êxito na adoção de medidas de gestão ambiental para alavancar suas vendas e exportações é o caso da Cosipa e Usiminas que estão entre as três usinas siderúrgicas integradas do mundo certificadas na área de meio ambiente (ISO 14001). Empresas como a Aracruz Celulose introduziram algumas medidas preventivas direcionadas a: 1) permitir a investigação sistemática dos programas de controle ambiental de uma empresa; 2) auxiliar na identificação de situações potenciais de problemas ambientais futuros; 3) verificar se a operação industrial está em conformidade com as normas/padrões legais e também com padrões mais rigorosos definidos pela empresa. No Brasil o número de empresas que vêm utilizando medidas de gestão ambiental tem aumentado nos últimos anos.



Empresas como Seeger Reno do ramo de autopeças, Hospital Itacolomy, Alunorte, Sadia, Dana Albarus S. A de industrialização e comércio de componentes mecânicos de precisão constitui outras iniciativas empresariais de destaque no marketing ecológico. Em função das exigências da sociedade por parte das organizações, de um posicionamento mais adequado e responsável, no sentido de minimizar a diferença verificada entre os resultados econômicos e sociais bem como, da preocupação ecológica que tem ganhado um destaque significativo e em face de sua relevância para a qualidade de vida das populações, tem exigido das empresas, um novo posicionamento em sua interação com o meio ambiente.

A sociedade atual é mais consciente e mais receptiva a aspectos de marketing ecológico que os produtos irão lhe oferecer. É o caso de cerca de 40 empresas (Tramontina, Tok & Stock, Cickel dentre outras) que criaram o grupo de Compradores de Madeira Certificada com adoção de selo de procedência ambiental e social. A nova consciência ambiental, surgida no bojo das transformações culturais que ocorreram nas décadas de 60 e 70 ganhou dimensão e situou o meio ambiente como um dos princípios mais fundamentais do homem moderno.



Nos anos 80, os gastos com proteção ambiental começaram a ser vistos, pelas empresas líderes, não primordialmente como custos, mas como investimentos no futuro e, paradoxalmente, como vantagem competitiva. Atitude e postura dos gestores das organizações em todos os segmentos econômicos nos anos noventa passaram de defensiva e reativa para ativa e criativa. Na nova cultura, a fumaça passou a ser vista como anomalia e não mais como uma vantagem. A consciência ambiental e ecológica por parte das empresas resultou, também, na mitificação do conceito de qualidade do produto, que agora precisa ser ecologicamente viável. Recente estudo americano concluiu que, no primeiro semestre de 1990, 9,2% dos produtos introduzidos no mercado eram anunciados verdes, enquanto, em 1989, estes constituiam apenas 0,5%.

A preservação do meio ambiente, converteu-se em um dos fatores de maior influência da década de 90, com grande rapidez de penetração de mercado. Assim, as empresas começam a apresentar soluções para alcançar o desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo aumentar a lucratividade de seus negócios. Neste contexto, gestão ambiental não são apenas uma atividade filantrópica ou tema para ecologistas e ambientalistas e sim, uma atividade que pode propiciar ganhos financeiros para as empresas. É o caso do Banco Axial de São Paulo que administra recursos de investidores interessados, dentre eles o Banco Mundial e o governo suíço, em aplicar na preservação da biodiversidade na América Latina. Os termos desenvolvimento e crescimento eram usados de forma indistinta. Não obstante, o avanço do debate trouxe como corolário a necessidade de distinguir os dois termos.



Atualmente, crescimento econômico é entendido como o crescimento contínuo do produto nacional em termos globais ao longo do tempo, enquanto desenvolvimento econômico representa não apenas o crescimento da produção nacional, mas também a forma como esta é distribuída social e setorialmente. A proteção ambiental deslocou-se uma vez mais, deixando de ser uma função exclusiva de proteção para tornar-se também uma função da administração. Contemplada na estrutura organizacional, interferindo no planejamento estratégico, passou a ser uma atividade importante na empresa, seja no desenvolvimento das atividades de rotina, seja na discussão dos cenários alternativos e a conseqüente análise de sua evolução, gerando políticas, metas e planos de ação.



Empresas como a Xerox, Caterpillar, Siemens, Weg Motores, Dow Química, Fuji Filmes, Toyota e McDonald´s ocupam o tempo de seus executivos em seu compromisso empresarial de responsabilidade na proteção do meio ambiente em prol das gerações futuras. Essa atividade dentro da organização passou a ocupar interesse dos presidentes e diretores e a exigir uma nova função administrativa na estrutura administrativa, que pudesse abrigar um corpo técnico específico e um sistema gerencial especializado, com a finalidade de propiciar à empresa uma integração articulada e bem conduzida de todos os seus setores e a realização de um trabalho de comunicação social moderno e consciente.



A pesquisa do CNI/BNDES/SEBRAE revela que medidas de gestão ambiental como usar a imagem ambiental da empresa para fins institucionais estão se constituindo cada vez mais como prioridades em suas etapas futuras de gestão empresarial e de investimentos financeiros nas empresas brasileiras. Exemplos recentes de desastres ecológicos envolvendo a maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo do setor petrolífero, e que provocou mudanças de estratégias e de sua Alta Administração visando torná-la empresa de excelência em gestão ambiental, dramatizam tais mudanças. A inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da organização moderna amplia substancialmente todo o conceito de administração. Administradores, executivos e empresários introduziram em suas empresas programas de reciclagem, medidas para poupar energia e outras inovações ecológicas. Essas práticas difundiram-se rapidamente, e em breve vários pioneiros dos negócios desenvolveram sistemas abrangentes de administração de cunho ecológico.

Esse novo pensamento precisa ser acompanhado de uma mudança de valores, passando da expansão para a conservação, da quantidade para a qualidade, da dominação para a parceria. O novo pensamento e o novo sistema de valores, juntamente com as correspondentes percepções e práticas novas, constituem o que denominamos de o “novo paradigma” com reflexos imediatos nas escolas de formação e preparação de administradores. O novo paradigma pode ser denominado como uma visão do mundo holística – a visão do mundo como um todo integrado, e não como um conjunto, de partes dissociadas. Pode ser denominado como uma visão sistêmica e como uma nova dimensão ecológica, usando esse termo numa acepção muito mais ampla e profunda do que a usual. A gestão ambiental envolve a passagem do pensamento mecanicista para o pensamento sistêmico, onde um aspecto essencial dessa mudança é que a percepção do mundo como máquina cede lugar à percepção do mundo como sistema vivo.


http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=59
Essa mudança diz respeito a nossa concepção da natureza, do organismo humano, da sociedade e, portanto, também de nossa percepção de uma de uma organização de negócios. As empresas são sistemas vivos, cuja compreensão não é possível apenas pelo prisma econômico. Como sistema vivo, a empresa não pode ser rigidamente controlada por meio de intervenção direta, porém pode ser influenciada pela transmissão de orientações e emissão de impulsos. Esse novo estilo de administração induz à gestão ambiental associada a idéia de resolver os problemas ecológicos e ambientais da empresa. Ela demanda uma dimensão ética cujas principais motivações são a observância das leis e a melhoria da imagem da organização.

A gestão ambiental é motivada por uma ética ecológica e por uma preocupação com o bem estar das futuras gerações. Seu ponto de partida é uma mudança de valores na cultura empresarial. É o exemplo de empresas como Construtora Odebrecht, Copesul Petroquímica e Trikem Produção de PVC que utilizam instrumentos de marketing ecológico para ampliar sua atuação junto à sociedade civil e à comunidade circunvizinha além de cuidar de seus próprios funcionários. O ambientalismo superficial tende a aceitar, por omissão, a ideologia do crescimento econômico, ou a endossá-la abertamente. A ecologia profunda substitui a ideologia do crescimento econômico pela idéia da sustentabilidade ecológica.



Os administradores e executivos das empresas preocupadas com a questão ambiental muitas vezes caem num verdadeiro impasse quando, ao tentar adotar um enfoque ecológico, vêem-se às voltas com as exigências conflitantes de interessados que rivalizam entre si, principalmente os acionistas, cujas expectativas giram em torno das demonstrações financeiras e balanços contábeis. A gestão ambiental não questiona a ideologia do crescimento econômico, que é a principal força motriz das atuais políticas econômicas e, tragicamente, da destruição do ambiente global. Rejeitar essa ideologia não significa rejeitar a busca cega do crescimento econômico irrestrito, entendido em termos puramente quantitativa como maximização dos lucros ou do PNB. A gestão ambiental implica o reconhecimento de que o crescimento econômico ilimitado num planeta finito só pode levar a um desastre.
Dessa forma faz-se uma restrição ao conceito de crescimento, introduzindo-se a sustentabilidade ecológica como critério fundamental de todas as atividades de negócios. As empresas pioneiras e tradicionais muitas vezes revelam gritantes contrastes em sua cultura organizacional, emblematizados no estilo de roupas usadas (camiseta e calça jeans, ou terno e gravata) e atividades sociais da empresa (acompanhamentos ou clubes de golfe). Esses sinais exteriores nem sempre estão de acordo com as ações dos dois tipos de empresa. Uma empresa pioneira pode ter um excelente programa de reciclagem, mas pagar baixos salários, combater os sindicatos, e não proporcionar benefícios de plano de saúde para os empregados e seus familiares.



Uma empresa tradicional pode investir num trabalho revolucionário de pesquisa e desenvolvimento de produtos ecologicamente inovadores, e, ao mesmo tempo, concluir que o custo relativo das multas, comparado com o custo da limpeza ambiental, justifica no curto prazo, infringir as regulamentações da preservação ambiental. O Administrador precisa estar preparado para o desafio de harmonizar essas preocupações. A recompensa virá na forma de uma estratégia mais completa, de uma liderança mais capaz de sensibilizar os diferentes interessados, de credibilidade para o esforço, e da profundidade que só consegue quando a conduta se baseia em princípios, quando o discurso e a prática são iguais. A expansão da consciência coletiva com relação ao meio ambiente e a complexidade das atuais demandas ambientais que a sociedade repassa às organizações, induzem um novo posicionamento por parte das organizações frente a tais questões. Tal posicionamento por sua vez, exige gestores empresariais preparados para fazer frente a tais demandas ambientais que saibam conciliar as questões ambientais com os objetivos econômicos de suas organizações empresariais.



Se considerarmos que as mensagens chaves do novo padrão de gestão ambiental são: contextualizar as organizações em termos ambientais e ecológicos; propiciar ações reguladoras e legislativas ágeis e racionais por parte do Governo; e postura ambientalista compatível com objetivos econômico-empresariais; isso induz a uma situação em que a formação de recursos humanos para a gestão ambiental implica um conjunto de ações, de amplo alcance, que vão afetar os sistemas atuais de formação nas diferentes áreas do conhecimento.
Tal ação deve se der em direção à formação de profissionais com formação generalista aptos a dialogar com as distintas áreas do conhecimento, a conduzir equipes multidisciplinares e a reportar-se a múltiplas instituições, eis que as questões ambientais exigem respostas empresariais coerente aos novos tempos de ética e de responsabilidade civil em suas decisões. A gestão ambiental, para um desenvolvimento que seja sustentável econômica, social e ecologicamente, precisa contar com executivos e profissionais nas organizações, públicas e privadas, que incorporem tecnologia de produção inovadora, regras de decisão estruturadas, e demais conhecimentos sistêmicos exigidos no contexto em que se inserem.



A escala das transformações tecnológicas, a crescente interdependência da economia mundial, a dinâmica das mutações sociais, a aplicação de novos princípios de geopolítica, que tendem, cada vez mais, a quebrar os clássicos limites das fronteiras Norte-Sul e Leste-Oeste constituem, entre outros, parâmetros norteadores de formação de um Administrador generalista e polivalente. O Gestor à frente das organizações, para enfrentar os novos tempos, deve ter capacidade abrangente de análise, interpretação e correlação, ou seja, um gestor com consciência ecológica e ambiental por excelência, com visão sistêmica para ler correta e adequadamente os cenários sociais, as turbulências políticas, econômicas, o ambiente de competição, as formas de mercado, as tendências culturais dos grupos, os nichos negociais e as possibilidades de integração das economias contemporâneas.



Uma gestão ecológica é o exame e a revisão das operações de uma organização sob uma perspectiva de ecologia profunda. É motivada por uma mudança nos valores da cultura empresarial, da dominação para a parceria, da ideologia do crescimento econômico para a ideologia da sustentabilidade ecológica. Envolve uma mudança correspondente do pensamento mecanicista para o pensamento sistêmico e, por conseguinte, um novo estilo de administração conhecido como administração sistêmica. Segundo pesquisa realizada pela USP (Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor) 19 % das 273 empresas nacionais pesquisadas consideram o meio ambiente como área prioritária de sua atuação social.



O avanço tecnológico e o desenvolvimento do conhecimento humano, por si apenas, não produzem efeitos se a qualidade da administração efetuada sobre os grupos organizados de pessoas não permitir uma aplicação efetiva desses recursos humanos. A administração, com suas novas concepções, dentre elas a dimensão da gestão ambiental, está sendo considerada uma das principais chaves para a solução dos mais graves problemas que afligem atualmente o mundo moderno.



Para contatar o autor: atendimento@consultores.com.br

domingo, 5 de julho de 2009

Na Bahia, legislação ambiental é adequada à reforma agrária através de norma técnica

Uma norma técnica que ajusta os procedimentos para o licenciamento ambiental aos processos de reforma agrária será criada, pela primeira vez, na Bahia. Isso resolverá um entrave que existe desde 2001, quando passou a vigorar o regulamento da lei estadual 7799/01 que legisla sobre o meio ambiente. O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram) vota, nesta sexta-feira (24), a norma técnica para licenciamento ambiental de projetos de assentamentos na Bahia, na Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (Semah).

Caso aprovada, significará a criação de um instrumento legal para licenciar assentamentos. Isso reafirma os compromissos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e dos assentados com a preservação ambiental e com o cumprimento da legislação vigente no estado.

'A norma técnica aprovada resolve um impasse”, afirma o coordenador de Desenvolvimento do Incra, Sergio Rezende. A Lei 7799/01 – que institui a política estadual de administração dos recursos ambientais – segundo Rezende, exige muitos critérios para licenciamento de empreendimentos e não contemplava a reforma agrária que tem ações muitos específicas.

A norma técnica, que será votada pelo Cepram, estabelece quais os documentos serão exigidos para o licenciamento de assentamentos, os tipos de estudos necessários a serem apresentados e define o enquadramento dos imóveis por tamanho, tais como: micro, pequeno, médio, grande e excepcional porte. Além disso, fixa valores para as taxas de licenciamento.

Apesar da necessidade da norma, o Incra, ao implantar projetos de assentamentos, já vem cumprindo a legislação ambiental que determina que todos imóveis rurais tenham no mínimo 20% de reserva legal e áreas de preservação permanente intactas (que varia de acordo com a geografia da imóvel e protege matas siliares, topos de morros, encostas e nascentes, por exemplo). 'A responsabilidade ambiental dos assentamentos não é só do Incra. É também dos assentados. Quando assinam os contratos de assentamento, automaticamente assumem o compromisso de cumprir a lei ambiental”, frisa Rezende.


http://www.incra.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=330:0&catid=1:ultimas&Itemid=278

Mudanças Climáticas


As mudanças climáticas e seus impactos têm sido apontados como uma das maiores questões de política internacional da atualidade. Resultado do crescente aumento da concentração de Gases de Efeito Estufa - GEE (Classificam-se como Gases de Efeito Estufa: Dióxido de Carbono - CO², Metano - CH4, Óxido Nitroso - N²O) na atmosfera, o aquecimento global é considerado o principal desafio do desenvolvimento sustentável. Para superá-lo, é indispensável a adoção de tecnologias menos poluidoras e, sobretudo, modificações nos padrões de consumo global.

Conforme dados disponibilizados pelo Painel Intergovernamental em Mudança do Clima - IPCC, desde a Revolução Industrial, constatou-se uma considerável concentração de GEE na atmosfera: de 280 partes por milhão (ppm) para o período de 1000 a 1750 para 368 ppm no ano de 2000, refletindo em um aumento médio da temperatura terrestre de +/- 0,2 a 0,6 ºC.

A Convenção-Quadro de Mudanças Climáticas, assinada em 1992 durante a “Cúpula da Terra” no Rio de Janeiro, representou a primeira iniciativa internacional no sentido de elaborar uma estratégia global para “proteger o sistema climático para gerações presentes e futuras, através do comprometimento das Partes da Convenção em:

a) fornecer informações atualizadas sobre as emissões de gases de efeito estufa e “sumidouros” nacionais;
b) desenvolver programas nacionais para a mitigação da mudança do clima e adaptação a seus efeitos;
c) fortalecer a pesquisa científica e tecnológica e a observação sistemática do sistema climático, e
d) promover o desenvolvimento e a difusão de tecnologias relevantes, bem como programas educativos e de conscientização pública sobre mudança do clima.

As negociações sobre Mudanças Climáticas culminaram na elaboração do Protocolo de Quioto, documento ratificado em 2005 que inclui as metas de redução de emissões por parte dos países industrializados (Países do Anexo I) e os mecanismos de flexibilização, criados com o objetivo de permitir que os membros do Anexo I atinjam as metas fixadas. Dentre estes mecanismos destaca-se o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL.

A proposta do MDL consiste na promoção, por parte dos países industrializados, de Projetos de Redução de Emissões em nações em desenvolvimento, possibilitando, assim, o cumprimento das metas estabelecidas, através da redução de custos de implantação e promoção do desenvolvimento sustentável nos países beneficiados.

http://www.semad.mg.gov.br/mudancas-climaticas

Debate Púbico discute agricultura sustentável

Representantes do setor agrícola e da área ambiental discutiram nesta quarta-feira (01), em Belo Horizonte, mecanismos, diretrizes e políticas para o desenvolvimento agrícola sustentável. O Debate Público foi realizado pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) e reuniu o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, e representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).

De acordo com o expositor do tema, Alysson Paulinelli, até o início da década de 70 o Brasil era um país importador de alimentos e 50% da renda das famílias brasileiras ficavam comprometidas com gastos com a alimentação. “Para mudar este cenário, o Brasil investiu em pesquisas científico-tecnológicas para conhecer os seus biomas e transformá-los em um sistema produtivo competitivo”, destacou o expositor. Segundo Paulinelli, o resultado deste investimento é um país com excelentes saldos na balança comercial em função da produção agrícola e apenas 18% da renda familiar é comprometida com gastos alimentícios.

O representante da Faemg, Marcos de Abreu e Silva, concordou com o expositor de que é preciso continuar investindo na produção de conhecimento e tecnologia para se desenvolver um manejo sustentável dos biomas, com formas de intervenções que não degradem os recursos naturais. Ele citou, ainda, o posicionamento da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu, contra o desmatamento, desde que sejam regularizadas as questões fundiárias, os passivos ambientais e o pagamento pelos serviços de manutenção e conservação das florestas aos produtores rurais.

O secretário José Carlos Carvalho acrescentou que o debate sobre o uso da terra e a política ambiental deve ultrapassar as discussões torno de reservas legais e áreas de preservação permanente. “O desafio é pensar a propriedade rural como uma unidade de produção sustentável e o governo deve criar condições para a recuperação e conservação do meio ambiente”, afirmou.

De acordo com dados do Sistema Estadual de Meio Ambiente, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) investiu, em 2008, mais de R$33 milhões em ações do Projeto Estruturador do Governo de Minas ‘Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica', com destaque para a regularização fundiária, a criação de unidades de conservação (UCs) e o fomento para investimentos em florestas de proteção. Os dados mostram que em 2007 e 2008 foram investidos, somente em regularização fundiária, R$ 95 milhões, valor maior do que a soma de todo o investimento já realizado pelo Instituto neste tipo de regularização em seus 47 anos de existência.

No dia 05 de junho de 2009, o governador Aécio Neves assinou, ainda, decreto que regulamenta a Lei 17.727/08, denominada Bolsa Verde, que prevê a concessão de incentivo financeiro aos produtores rurais pelos serviços ambientais prestados. O decreto determina que serão contemplados com o Bolsa Verde produtores que recuperam, preservam e conservam áreas necessárias à proteção das matas ciliares, à recarga de aqüíferos e à proteção da biodiversidade e ecossistemas especialmente sensíveis. Nesta mesma linha, ainda poderão ser beneficiados os proprietários de áreas urbanas.


http://www.semad.mg.gov.br/noticias/1/874-debate-pubico-discute-agricultura-sustentavel

sábado, 4 de julho de 2009

Extrativistas fazem retirada ilegal de areia e arenoso em Barra do Pojuca

Antes, uma área de vasta mata atlântica. Agora, o que prevalece é um cenário de devastação profunda. Há mais de dez anos, extrativistas retiram, derrubando a vegetação, areia e arenoso de forma irregular em Barra do Pojuca, distrito de Camaçari, região metropolitana de Salvador. O material é usado para alimentar o mercado da construção civil.


O estrago, em apenas duas áreas vistoriadas por técnicos do Instituto do Meio Ambientes (IMA), é de cerca de 20 hectares – o que equivale a mais de 20 campos de futebol iguais ao da Fonte Nova (que mede 8.500 m²). A devastação em toda a região pode ser maior, já que existem outros pontos ainda não descobertos.


Segundo a geóloga do IMA, Conceição Serra, a extração que acontece nos dois lugares foi feita de maneira completamente “doida”. “Podemos ver diversas áreas de escavações somente no ponto onde eles retiram arenoso. Isso é uma evidência de que não há planejamento”, analisa a especialista. “Neste lugar, tem concentração de arenoso, mas também de argila e outros minerais. Podemos observar que, quando cessa a faixa de arenoso, com valor comercial maior, eles abandonam a localidade e buscam outra para explorar”, explica.


Do ponto mais alto da área de extração de arenoso, era possível avistar máquinas retirando areia de outros ponto de exploração. Mas, quando os fiscais chegaram ao local, 30 minutos depois, os criminosos já haviam fugido.


Denúncia – A descoberta das áreas de extração só foi feita após denúncia feita por um leitor de A TARDE e encaminhada, por meio da redação, à direção do IMA. A denúncia apontava a presença de pessoas armadas protegendo o garimpo. Por conta disso, dois policiais da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) acompanharam a equipe do IMA. A informação de homens armados foi confirmada por um morador que prefere ter o nome não divulgado. No entanto, durante a vistoria nenhum “capanga” foi preso.


A equipe de A TARDE, que foi a Barra do Pojuca para acompanhar a vistoria, chegou ao local antes dos técnicos do IMA, por volta das 15h30, na última quarta-feira. Enquanto esperava, presenciou um entre-e-sai de caçambas e escavadeiras na área de garimpo. Um das caçambas trazia plotado o nome da empresa Imperial Ambiental. Meia hora depois, os especialistas do órgão do meio ambientes e a polícia ambiental chegaram ao local e seguiram para o ponto da denúncia, na Rua Firmino Barreto.


O caminho para chegar na área é de difícil acesso, exigindo muito cuidado. No trajeto, foi constatado que os extrativistas abriram caminhos alternativos para escoar a carga. Esta prática, de acordo com o engenheiro sanitário do IMA, Nilson Rocha, é para fugir da fiscalização. “Provavelmente, eles já devem saber que estamos aqui. Por isso, durante alguns dias vão parar de explorar a área, mas logo voltarão”, ressalta ele.


Fauna e flora – Como consequência direta da extração de areia e arenoso, a mata atlântica da região é brutalmente derrubada. Espécies que demoram anos para crescer são transformados em lenha. “Eles provocaram uma verdadeira tragédia, um crime ambiental de grande dimensão” destaca Conceição, que contabilizava a extensão da área afetada com auxílio de um GPS. “As imagens são enviadas para o IMA para que saibamos exatamente a tamanho dos estragos, além de mapearmos o local”, informa a especialista.


A localidade também é conhecida pela diversidade de animais. Lá, segundo moradores, podem ser encontrados, por exemplo, onça pintada e bicho-preguiça. Ainda segundo os moradores, os bichos acabam fugindo por conta das queimadas provocadas pelos extrativistas para limpar a área de extração.


http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1179773

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ministros do meio ambiente debatem clima em reunião

Começa hoje, na Groenlândia, a quarta reunião entre ministros de Meio Ambiente dos países que mais contribuem com o agravamento do efeito estufa, o Brasil incluído. O encontro, que dura quatro dias, acontece em Ilulissat, onde a retração de um fiorde de gelo é uma das cenas mais óbvias do aquecimento global.
A China, o país que mais emite gases-estufa, foi o único que recusou o convite.

Segundo a ministra dinamarquesa de Clima, Connie Hedegaard, a reunião servirá para "trocar livremente pontos de vista e avançar nas reflexões" sobre o tema. Ela pode adiantar algumas posições que serão defendidas pelos países na próxima Conferência do Clima, que ocorre em dezembro, na Dinamarca.

O Brasil, por exemplo, defende que cortou suas emissões de gases-estufa com a redução da taxa de desmatamento na Amazônia - uma forma de aliviar a pressão internacional em cima do tema e, de quebra, fazer publicidade do Fundo Amazônia, do governo federal, que pretende arrecadar doações de nações ricas para ajudar a conservar a floresta.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/06/30/ministros+do+meio+ambiente+debatem+clima+em+reuniao+7043926.html